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Bursite Olecraniana

A bursite olecraniana é uma inflamação da bursa na região posterior do cotovelo, bem próximo a ponta do cotovelo. De forma geral, as bursas são tecidos presentes por todo o corpo, com a função de diminuir o atrito entre estruturas durante as movimentações.

No exemplo do cotovelo, a bursa olecraniana fica logo atrás do olécrano, na região posterior do cotovelo. Olécrano é o nome dado a porção da ulna na região do cotovelo. Durante a realização do movimento de esticar e flexionar o cotovelo, a bursa age para que o osso não atrite com as estruturas que estão ao seu redor.

Ossos do cotovelo: Úmero (verde), Ulna/olécrano (amarelo), Rádio (rosa)

A bursa do olécrano é superficial, sendo mais suscetível a inflamações por traumas ou atritos.

Saiba mais sobre essa doença…

Informações sobre a bursite olecraniana

A bursite olecraniana é mais frequente em homens do que em mulheres, principalmente na faixa etária de 30 a 60 anos, podendo ocorrer também em crianças e idosos.

A bursa tende a ser invisível quando posicionada de forma saudável nas regiões que possuem articulações no corpo, tendendo a mantê-las (por ser composta de líquidos) suficientemente capazes de se mover sem atritos ou dores.

Porém, ao se inflamar, a bursa tende a se tornar visível por um acúmulo de sangue e líquidos inflamatórios, fazendo com que um volume comece a ser claramente observado na região.

Bursite Olecraniana

A inflamação da bursa pode ser secundária a uma causa traumática ou então alguma causa infecciosa, sendo a infecção uma causa menos frequente da bursite.

Causas da bursite olecraniana

A inflamação da bursa olecraniana pode ocorrer por diversos motivos, que vão da presença de doenças inflamatórias como a gota ou artrite reumatoide, até traumas causados na região, como uma pressão de longo período feita no cotovelo.

Um fator relacionado à presença da bursite olecraniana é a leitura por longos períodos apostando-se em colocar o peso sobre os cotovelos – e é sempre recomendado que leitores ávidos prestem atenção a esse comportamento.

É justamente esse fator que faz com que essa doença seja conhecida de forma informal como “cotovelo de estudante”.

Cotovelo do estudante

Como o cotovelo de estudante é diagnosticado?

O principal sintoma da bursite é o inchaço na região posterior do cotovelo, próximo a ponta do olécrano. No início, o inchaço pode estar associado a um aumento discreto da temperatura no local. Com a evolução do inchaço, pode ocorrer uma dificuldade de movimentação do cotovelo associado a dor.

Olécrano (azul) e bursa (vermelho)

Em casos de infecção, além do inchaço pode haver também um calor exuberante no local podendo estar associado a febre e mal-estar.

O diagnóstico da bursite de olécrano normalmente é realizado com uma avaliação da história do paciente e do exame físico. É importante, por vezes, utilizar exames complementares para afastar outras hipóteses diagnósticas possíveis que podem apresentar um quadro semelhante ao da bursite.

Os principais exames que tendem a ser pedidos são o raio-x, ultrassom e exames de sangue:

  • As radiografias são utilizadas para afastar hipóteses como fratura, artrose;
  • O ultrassom é útil para avaliar o inchaço dentro da bursa, além de conseguir avaliar o aspecto do líquido, podendo auxiliar na diferenciação de uma inflamação e de uma infecção. Além disso, pode-se visualizar inflamação nos tendões ao redor do cotovelo ou então da própria pele;
  • Os exames de sangue podem ser utilizados principalmente em casos que se suspeita de uma infecção, pois em casos de infecção alguns exames como o hemograma podem apresentar alterações como aumento de alguns tipos específicos de células no sangue como os leucócitos.
Radiografia de cotovelo
Ultrassom de cotovelo

Além disso, em casos de suspeita de infecção, pode-se realizar uma punção da região, ou seja, aspirar o líquido da região onde há o inchaço com o auxílio de uma agulha para avaliar se existe pus (sugerindo uma infecção) e para realizar a análise do líquido com exames bioquímicos.

Tratamentos para o cotovelo de estudante

O tratamento deve ser dividido para melhor entendimento entre os casos de bursite inflamatória (por trauma), ou infecciosa.

Para o tratamento da bursite inflamatória, temos como opção:

  • Gelo;
  • Medicamentos analgésicos como anti-inflamatórios;
  • Repouso do cotovelo;
  • Uso de bandagens realizadas pela fisioterapia;
  • Aspiração do líquido, infiltração com corticoide;
  • Retirada da bursa por cirurgia: em casos em que não houve melhora com as terapias acima, opta-se pela retirada da bursa por cirurgia.
Terapia com gelo
Aspiração da bursa

Para o tratamento de bursite infecciosa, devemos realizar:

  • Uso de antibiótico;
  • Drenagem da bursa: retirada de todo o líquido infectado da bursa com uso de agulha ou incisões;
  • Retirada da bursa por cirurgia: em casos em que ocorrem novos episódios ou que não há melhora do quadro com as outras terapias citadas.

Conclusão

A bursite olecraniana é bastante incômoda – e soluções pontuais devem ser dadas a ela, a depender das particularidades de cada paciente.

A grande maioria das bursites são por causas inflamatórias mas sempre deve-se pensar na possibilidade de um quadro infeccioso. Portanto, é sempre importante a avaliação por um médico para que se tenha uma diagnóstico correto e para que se possa realizar o tratamento adequado.

O tratamento deve ser iniciado a partir do momento que for realizado a diagnóstico, para que haja uma melhora da dor e do inchaço.

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